domingo, 17 de agosto de 2008

SOMMELIER

Não sinto mais o calor penetrante e inflamável de suas mãos
A me derreterem sem pressa, sem qualquer pudor.
Não tenho mais aquele seu olhar devorador
Desumano quando me arrebatava sem tréguas
Quando me possuía sem qualquer moderação.

Não há mais afagos...nem mesmo o sabor doce
A sensação de te degustar
E de provar cada gota sua
Assim como o sommelier que apura cuidadosamente
O sabor do vinho mais raro...

Liquido sagrado
Perdido nos estilhaços
A taça foi quebrada pelo tempo.


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