sexta-feira, 25 de abril de 2008

E O TEMPO FRACASSOU

No início é dilacerante, cortante, rasgante...
A tal ponto que a própria dor te anestesia.
A dor te alivia, te esfria
Te faz impenetrável e ao mesmo tempo tão vulnerável...
A uma música, a um cheiro...
Um pensamento que te esgota,
Que te derrota e que bate insistentemente em sua porta.
Passam-se os dias...os meses...as horas
E tudo aparentemente esta diferente.
Mas as vozes ainda não se calaram...
As musicas não silenciaram...
Os pensamentos não se esgotaram...
E o coração ainda esta lacrado, corroído, partido e sem rumo.
Mas desse cenário impreciso,
Dessa desolada esperança
Eis que surge uma mudança.
Um novo amor?
Não pode ser...
Depois de tanta decepção,
Tantos dias de solidão...
O amor eis que aparece!
Estampado em um outro rosto...em um outro corpo.
Volto assim a sorrir, a andar de mãos dadas,
A me sentir abraçada e quem sabe até amada.
Mas amor...eu não sinto.
Pois me dói ainda o amor sofrido,
O amor não correspondido
O amor que minha alma não desata de si.
O amor que sinto sentir.
E a voz não se calou...
A música ainda toca...
E o pensamento...este...não importa...

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