quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MÃOS

Minhas mãos já construíram tantas sensações...
Que desmoronaram no primeiro sopro de realidade
E o vento nunca mais mudou de direção
Minhas mãos livres e inseguras agora estão vazias
Repartindo com o próximo o pão que não sacia
A promessa que nunca foi cumprida
A aliança que já foi vendida
A pedra que quebra finos cristais
Que trinca vitrais...
Que estilhaça vidraças
Quebrando encantos
Que acontecem uma única vez.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ELA


Ela não tinha grandes ambições
Seus sonhos tinham perdido suas cores
O seu mundo era tecido de branco
Talvez fosse um pedido de paz
Ou quem sabe um vestígio de luz
Ela só deseja um amor de verdade
Assim como Eros e Psique
Não se pode viver sem amor...
Não se pode perder a esperança
E num gesto impensado
Ela entrega sua alma em troca de um poema
E a poesia se veste de branco
A alma se despe
Ela agora é você
Branca...nua
Poesia...sua!