O caos...início de tudo Explicação de mundo Na mitologia grega Encontro entre céu e terra E Eros celebra o enlace E hoje sou a narradora De todos os disfarces Do mundo que é caos Onde o amor é antagonista E a acidez que toma essa poetisa É causticante Se é lamentável ou louvável? Não sou capaz de responder com firmeza Danem-se as certezas A lucidez é a minha pior droga E a loucura esta tão próxima Que chego a me sentir normal por algumas horas E é nessa hora que me sinto estúpida e limitada Uma mera acadêmica redundante Que observa e repara Que pesquisa e analisa Que aprende e ensina Que tolice minha acreditar em tudo isso Sou só um rascunho Um rabisco inscrito na História Histórias que escrevi, que vivi, que fingi Se aprendi? Não sei A memória Essa outra face da história Só ela poderá dizer...
Nada demais... E meus dias podem ser descritos como banais ou apenas como vividos. E tudo e nada faz sentido enquanto me refaço e me desfaço diante os olhos atentos do tempo. E sem promessas ou arrependimentos sou testemunha ocular dos meus erros e de meus acertos. Nada demais... E os dias são diferentes e ao mesmo tempo iguais, quando os pensamentos são cópias imperfeitas do real. E assim o natural se perde e a sensibilidade me esquece e me torno mais uma máquina a serviço da hipocrisia. Nada demais... Acordar e se espreguiçar sem olhar para o relógio e não ter que se lembrar que existe uma lógica e muito menos uma racionalidade em voga. E ouço Chico e depois Vinícius e sem qualquer compromisso leio Clarisse...logo deito e fecho meus olhos como num ato de amor a mim mesmo e falo baixinho... Nada demais...