sábado, 17 de janeiro de 2009

POEMA EM HOMENAGEM AS MUSAS E DEUSAS IMPERFEITAS

O caos...início de tudo
Explicação de mundo
Na mitologia grega
Encontro entre céu e terra
E Eros celebra o enlace
E hoje sou a narradora
De todos os disfarces
Do mundo que é caos
Onde o amor é antagonista
E a acidez que toma essa poetisa
É causticante
Se é lamentável ou louvável?
Não sou capaz de responder com firmeza
Danem-se as certezas
A lucidez é a minha pior droga
E a loucura esta tão próxima
Que chego a me sentir normal por algumas horas
E é nessa hora que me sinto estúpida e limitada
Uma mera acadêmica redundante
Que observa e repara
Que pesquisa e analisa
Que aprende e ensina
Que tolice minha acreditar em tudo isso
Sou só um rascunho
Um rabisco inscrito na História
Histórias que escrevi, que vivi, que fingi
Se aprendi?
Não sei
A memória
Essa outra face da história
Só ela poderá dizer...


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

NADA DEMAIS

Nada demais...
E meus dias podem ser descritos como banais ou apenas como vividos.
E tudo e nada faz sentido enquanto me refaço e me desfaço diante os olhos atentos do tempo.
E sem promessas ou arrependimentos sou testemunha ocular dos meus erros e de meus acertos.
Nada demais...
E os dias são diferentes e ao mesmo tempo iguais, quando os pensamentos são cópias imperfeitas do real. E assim o natural se perde e a sensibilidade me esquece e me torno mais uma máquina a serviço da hipocrisia.
Nada demais...
Acordar e se espreguiçar sem olhar para o relógio e não ter que se lembrar que existe uma lógica e muito menos uma racionalidade em voga.
E ouço Chico e depois Vinícius e sem qualquer compromisso leio Clarisse...logo deito e fecho meus olhos como num ato de amor a mim mesmo e falo baixinho...
Nada demais...