quinta-feira, 19 de junho de 2008

CATARSE

Não quero mais desafiar o mistério
Nem mesmo desvendar os segredos
Não quero mais sonhar com seus beijos
E a noite é o cenário perfeito para essa encenação sem atores
Num silencioso monólogo que só reflete as dores que nunca passam
E antes que baixem as cortinas desse dramático espetáculo
O improviso se torna o artifício mais natural
Em meio a catarse de nossos destinos.


domingo, 1 de junho de 2008

Rarefação

A sede de amar me fez uma solitária no deserto
A ausência se tornou comum
Tão comum que me ausento de mim
E assim fico sem qualquer remorso ou rancor
Fico a espera de algo que ainda não sei
Que ainda não descobri
Mas que toquei um dia
Que senti me dominar e me tomar
Como o mar toma o sal
Como o céu abraça as estrelas
Era assim como a vida que não vivi
Ou talvez como morte que me purificará
Era a luz inominável do amor a me iluminar.