sábado, 18 de outubro de 2008

NOVO MUNDO

Falar sobre minha vaga existência
Trás um desconforto inquietante
E diante do mundo me coloco
Como a navegadora errante
Que “descobre” novos mundos
Outros seres...outras línguas
E o desencontro se faz encontro
Nesse meu mundo romanesco
E por minha vida passam forasteiras
Aventureiras em busca de tesouros perdidos
São seus sonhos perdidos no mundo até então desconhecido
Mas que agora é desbravado e desterrado
Por mãos que não se recolhem
Mas sim, que afagam e que acolhem
O novo mundo agora é terra fértil
E sonhos brotam, o desejo jorra,
A boca implora por mais...
Ambição?
Não!
É o mar que clama por paixões
E o corpo se torna embarcação
Os longos cabelos são as velas
É teu olhar a mirar o horizonte
Enquanto padeço nesse mundo
Que eu mesma criei
Que eu mesma inventei
Terra onde ainda não me encontrei.
Onde avisto ao longe
No mar, no horizonte
As embarcações que eu inspirei
A se lançarem ao mar.